contexto: estudantes de Medicina norte-americanos estão mais deprimidos e ansiosos do que seus pares. No Reino Unido, a entidade reguladora é agora responsável pelos estudantes de medicina, o que pode potencialmente aumentar o controlo da sua saúde. Isto pode ajudar ou dificultar os estudantes de medicina no acesso a cuidados adequados. As prevalências de ansiedade, depressão e angústia psicológica em estudantes de medicina fora da América do Norte não são claras. Uma melhor compreensão da prevalência, dos factores de risco e dos resultados da angústia psicológica guiará a configuração dos serviços de apoio, cada vez mais disponíveis para os médicos, também para os estudantes de medicina. Objectivos: o objectivo deste estudo era examinar as prevalências da depressão, ansiedade e angústia psicológica nos estudantes de escolas médicas no Reino Unido, na Europa e noutros locais do mundo de língua inglesa fora da América do Norte. Métodos: uma revisão sistemática foi realizada usando termos de busca que incluem sofrimento psicológico entre os estudantes de medicina. O OvidSP foi usado para pesquisar as seguintes bases de dados: Medline Ovid (R) de 1948 a outubro de 2013; PsycINFO de 1806 a outubro de 2013, e EMBASE de 1980 a outubro de 2013. Os resultados foram restritos às escolas de medicina na Europa e no mundo de língua inglesa fora da América do Norte, e foram avaliados em função de um conjunto de critérios de inclusão, incluindo o uso de ferramentas de avaliação validadas. Resultados :as pesquisas identificaram 29 estudos elegíveis. Foram registadas prevalências de 7,7-65,5% para a ansiedade, 6,0-66,5% para a depressão e 12,2-96,7% para a angústia psicológica. A ampla gama de resultados reflete a qualidade variável dos estudos. Quase todos eram transversais e muitos não mencionaram a aprovação ética. Estudos de melhor qualidade detectaram prevalências mais baixas. Havia pouca informação sobre as causas ou consequências da depressão ou ansiedade. Conclusões: as prevalências de angústia psicológica entre estudantes de medicina fora da América do Norte são substanciais. A investigação futura deve passar de estudos transversais simples para um trabalho longitudinal de melhor qualidade, que possa identificar tanto os indicadores como os resultados de uma má saúde mental nos estudantes de medicina.